08/02/2020 20:53

Inspira Fenae 2020. Veja como foi o primeiro dia do evento.

undefined

ASSOCIAÇÃO DO PESSOAL DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL DO DF

INPIRA FENAE 2020

abertura_inspira_400.jpg

Um clima de descontração com ares futurísticos marcou a noite de abertura do Inspira Fenae/Apcef 2020, nesta sexta-feira (07), no Espaço Immensitá, em São Paulo. Ao som da banda Inspira, o ator e comediante Rafael Infante, mestre de cerimônias, comandou do primeiro dia de evento com muito humor, promovendo a interação de quase 700 empregados da Caixa que participaram do primeiro dia do evento.

Com a temática Somos o Futuro, o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, ressaltou: “Já estamos indo para o quarto Inspira e é uma satisfação muito grande realizar um evento desta proporção, como grande também é o trabalho que as 27 associações desenvolvem em todos os estados”.

Durante a abertura, duas notícias foram anunciadas. Com o encerramento do prazo de inscrições de chapa para as eleições da Fenae, nesta sexta-feira (7), a inscrição da chapa única Movimento em Defesa da Caixa foi informada. A votação ocorrerá nos dias 17 e 18 de março. A segunda notícia foi a vitória da chapa 1, Movimento pela Saúde, na eleição para o Conselho de Usuários do Saúde Caixa com 77 % dos votos válidos, 16.652 votantes. O resultado do pleito foi divulgado também nesta sexta.

“Agora há pouco foi encerrado o período de inscrições de chapa e fechamos com a chapa única”, anunciou Jair. “Quero agradecer a todas as pessoas que compõem essa diretoria com o objetivo principal da defesa da Caixa e do direito dos trabalhadores”, completou.

O vice-presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, enfatizou: “A responsabilidade que estamos herdando é grande, mas como o apoio de vocês, vamos continuar a defender a Caixa 100% pública”.

“O futuro depende do presente, e estamos atravessando um momento muito difícil de reestruturação na Caixa, são muitos direitos que estão sendo atacados na nossa empresa. Mas temos que continuar acreditando em um mundo melhor e isso significa continuar lutando. Contamos com todos vocês na construção desse sonho coletivo”, reforçou Takemoto.

O diretor de Administração e Finanças da Fenae, Cardoso, destacou a importância do banco público. “A Caixa é vital para o Brasil e para que cada brasileiro tenha sua casa, saneamento básico, Pis e FGTS”.

O diretor da Apcef/SP, Kardec de Jesus Bezerra, ressaltou a vitória da chapa Movimento pela Saúde na eleição do Conselho de Usuários do Saúde Caixa. “É um resultado muito bom, a chapa 1 levou com 77 % dos votos. Queria dar essa notícia porque sabia que seria aplaudido”, disse Kardec.

Uma história de solidariedade e luta

Em uma estreia especial na noite de abertura do Inspira Fenae/Apcef 2020, a exibição do documentário mostrou a história de solidariedade e luta protagonizada por 110 empregados Caixa demitidos injustamente em 1991. O filme “Não Toque em meu Companheiro” dirigido pela premiada cineasta brasiliense Maria Augusta, relata a história da mobilização de um grupo de empregados da Caixa Econômica Federal de Minas Gerais, Paraná e São Paulo, ao longo de um ano, após serem demitidos.

Coordenado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), o filme mostra como aconteceram as demissões por atos do então governo Fernando Collor de Mello, uma semana depois de terem concluído estágio probatório, não poupando nem quem estava de licença-maternidade. Durante mais de um ano, os empregados do banco ampararam financeiramente os demitidos e organizaram mobilizações até a reintegração de todos.

Antes da exibição do filme, o mestre de cerimônias, Rafael Infante conduziu um bate papo sobre o documentário com a cineasta Maria Augusta e o presidente da Fenae Jair Pedro Ferreira.

“Tínhamos uma expectativa de fazer o livro e, do livro, o filme surgiu. Quando você permite que as pessoas façam cultura o resultado é muito positivo. São personagens da vida real, não é uma ficção. No Brasil precisamos ter essa capacidade de registrar a nossa história e foi isso que nos motivou”, frisou Jair.

Para a cineasta, Maria Augusta, também é essencial registrar historicamente o que se viveu. “Agradeço a confiança e o respeito desses demitidos que foram absolutamente sinceros e se abriram e a narrativa é muito em cima da história de cada um deles. Uma história de solidariedade que é absolutamente comovente, principalmente neste momento que estamos vivendo agora”, avalia a diretora.

Na ocasião, foram demitidos 50 trabalhadores em São Paulo, 30 em Belo Horizonte e outros 30 em Londrina. As gravações foram realizadas nestas cidades, onde aconteceram reencontros emocionados. Alguns deles compareceram na estreia em São Paulo.

“É muito importante para nós o resgate que nós passamos. Quero enaltecer a solidariedade desse grupo na época que para nós foi um choque. Esse grupo contribuiu durante esse tempo, nós não tivemos falta de salário durante um ano. Isso foi uma experiência muito grande dentro desse movimento da Caixa”, disse Márcio Milani, um dos demitidos à época.

 

Fonte: FENAE

Compartilhe